Feliz ano novo!

Por Lisielen Miranda GoulartLuana Miranda Goulart

 

Aposto que você já ouviu essa expressão algumas vezes neste início de ano, não é mesmo? De fato, há algo mágico na virada de ano, trata-se de um simples passar de dia, mas com capacidade de nos encher de determinação. O ano de 2022 chegou trazendo novos desafios, esperança, planos e resoluções. Janeiro é extraoficialmente o mês do ‘agora vai!’, principalmente após anos bastante traumáticos para muitos de nós, permeados de perdas, mudanças, pressões e incertezas em meio a um infindável isolamento social.

É necessário definir uma linha de corte para nossos planejamentos e metas, saber o que queremos alcançar e como chegar lá, e normalmente elegemos esse mês para isso. Mas é imprescindível, antes de qualquer coisa, saber se autoavaliar, se conhecer e desenvolver a autocompaixão. Isso não significa ser compassivo, mas entender o que dificultou o alcance dos resultados e precisa ser aprimorado para fazer diferente. Esse é um processo mais moroso e por vezes dolorido que deve ser realizado com constância e individualmente.

Nesse sentido, o primeiro mês do ano é também conhecido como Janeiro Branco, numa tentativa de trazer leveza a essa jornada ao desmistificar e colocar em pauta o sofrimento mental.

Você pode estar se perguntando: ‘qual a relação disso tudo ao réveillon?’. Te explico: enfrentamos tantos desafios e dificuldades que trazem sofrimento que não damos a devida atenção ao longo do ano. No entanto, isso se acumula, nossa capacidade emocional chega ao limite e, infelizmente, a construção social banaliza e desacredita tabus sobre doenças psíquicas. Diante desse cenário, as pessoas tendem a se isolar e esconder seus sentimentos e, quando menos esperamos, somos surpreendidos por notícias desastrosas de conhecidos, amigos ou familiares que não suportaram seus traumas e adoeceram.

Esta é a importância de tornarmos o processo de autoconhecimento, autoavaliação e autocompaixão constante, e de buscarmos ajuda profissional assim que necessário. Para aqueles que ainda se sentem desconfortáveis com as terapias mais convencionais, existem diversos profissionais e linhas de atuação para auxiliar nessa caminhada, sendo possível buscar nas terapias integrativas e holísticas o alento necessário. Ao contrário do que muitos erroneamente afirmam, essas práticas e técnicas terapêuticas são reconhecidas pela ciência e apresentam resultados verdadeiramente efetivos. Busque aquela que lhe faz mais sentido e traz mais respostas, mas não se exima nem espere o tempo passar.

Dito isso, que tal iniciarmos hoje? Você não precisa apenas estar se sentindo esgotado para começar praticar; é possível trabalhar preventivamente em seu favor. Os florais de Bach, por exemplo, foram produzidos e estudados por Edward Bach, um médico inglês, na década de 1930 e são amplamente utilizados até hoje. São compostos por trinta e oito ‘remédios’ totalmente naturais que auxiliam em nossa forma de ver o mundo, a qual é responsável pelo desequilíbrio das nossas emoções e doenças físicas e mentais. Praticamente não há contraindicações para o seu uso pois focam no equilíbrio físico e mental do organismo ao invés da doença.

Assim, no próximo Janeiro Branco, não esconda suas emoções ‘embaixo do tapete’, tampouco subestime seus sentimentos. Respeite o seu ritmo e o seu corpo, e busque ajuda. Existem inúmeros profissionais ao seu redor dispostos a ajudá-lo(a). Mais importante que desejar um ‘feliz ano novo’ é dizer ‘estou aqui, pode contar comigo!’, acreditar nas pessoas e desejar que se autoconheça, se respeitar e estar em busca do equilíbrio.

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