Por Fabiana Orloski
A alienação parental é um fenômeno que ocorre quando um dos genitores ou responsável influencia a criança a rejeitar o outro progenitor, prejudicando o vínculo afetivo entre eles. No Brasil, o tema é regulamentado pela Lei nº 12.318/2010, que define a alienação parental como qualquer interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente que dificulte o convívio com um dos genitores.
Do ponto de vista jurídico, a legislação prevê medidas para coibir essa prática, incluindo advertência ao alienador, ampliação do regime de convivência do genitor prejudicado e, em casos mais graves, a alteração da guarda. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também assegura o direito à convivência familiar saudável, reforçando a necessidade de proteção contra abusos emocionais que comprometam o desenvolvimento infantil.
Os impactos psicológicos da alienação parental podem ser profundos e duradouros. Crianças submetidas a essa situação frequentemente desenvolvem ansiedade, baixa autoestima e dificuldades de socialização. Além disso, a insegurança emocional gerada pode desencadear transtornos alimentares, insônia e até depressão. A constante manipulação dos sentimentos pode levar a uma visão distorcida da realidade, dificultando a construção de relações saudáveis no futuro.
A família desempenha um papel essencial na preservação do bem-estar da criança. O diálogo e o respeito entre os pais, mesmo diante de conflitos, são fundamentais para evitar que os filhos sejam usados como instrumentos de vingança ou disputa. Em casos de alienação parental, é recomendável buscar apoio jurídico e psicológico para minimizar os danos e restaurar a harmonia no ambiente familiar.
A alienação parental não é somente um problema familiar, mas uma violação de direitos que pode comprometer o desenvolvimento emocional e social da criança. Por isso, o combate a essa prática deve ser uma prioridade, garantindo um ambiente equilibrado e seguro para o crescimento saudável dos filhos.
