Por Marcelo Zalli
No consultório neurológico, observa-se pacientes diariamente com quadro demencial. Existem muitas vezes dúvidas e confusão com o termo e neste artigo tentaremos esclarecer cinco aspectos principais sobre este tema. E, primeiramente, a demência não é sinônimo de Alzheimer.
A demência é um diagnóstico sindômico, o que significa que é uma condição que reúne uma gama de sintomas que apontam para este quadro. O Alzheimer é a demência mais comum, sem dúvidas a doença mais conhecida mundialmente.É importante entendermos que a perda cognitiva no âmbito da memória é o sintoma mais predominante em muitos casos, mas não o único. Em algumas demências a memória pode ser afetada somente nas fases mais avançadas, não sendo um diagnóstico exclusivo para a doença. Lewy, DFT e Vascular são demências que podem parecer com Alzheimer, mas possuem sintomatologia diversa e prognósticos diferentes.
Atualmente, o tratamento não interrompe a doença. Os tratamentos, quando disponíveis para parte destas doenças, visam o controle e evitar uma progressão mais íngreme. Tratando-se de Alzheimer, em breve uma nova classe de medicações promete um melhor resultado terapêutico.
PALAVRAS-CHAVE: qualidade de vida, neurociência.
