Por Mayana Salles
Estudando o pensar sistêmico e o quanto essa abordagem tem de conexão com tudo o que está a nossa volta, como a família, trabalho e relacionamentos de um modo geral, é perceptível que somos o que aprendemos a ser e nos movemos de acordo com o lugar em que nos colocamos. Muitas vezes nos movemos em círculos porque estamos fechados em um padrão de comportamento. Não é consciente: é por amor ao nosso sistema. Se todos os meus foram, eu vou também; se todos os meus sentiram essa dor, quem sou eu pra não sentir?
Mas o amor também pode ser consciente e, assim, possibilitar a cura desse padrão adoecido. Quando nos colocamos no nosso lugar, quando recebemos o que vem sem julgamentos mas também sem obrigações, abrimos espaço para que a sabedoria se manifeste. Por meio de nós, ‘nós’ podem ser desfeitos. Padrões podem ser quebrados, crenças limitantes podem ser desacreditadas, problemas de gerações inteiras podem ser curados e apenas por amor. Não o apego chamado erroneamente de amor, mas o amor genuíno e consciente.
Minhas raízes me alimentaram com amor e força, mas também com seus vícios, traumas e dores. E quando me tornei consciente disso, decidi tomar como herança apenas a parte boa e me permitir ir para a vida e ser feliz sem pesos e cobranças que não me pertencem.
Cada dor, cada perda e cada trauma faz sentido porque fez sentir. Tudo está na mais perfeita ordem e, se não parece estar, na verdade, está sinalizando que estamos olhando para o lugar errado. Por isso o sentido do título, pois, através de nós, nossos antepassados podem ser curados e nossas raízes conhecerão as estrelas.