Por Lizamar Rodrigues
Todos nós temos traumas, não é mesmo? Mas você sabia que, desde o ventre materno, já lidamos com eles? O DNA que recebemos através do espermatozoide e óvulo de nossos pais trazem as histórias de vida dos nossos ancestrais, passadas através do cordão umbilical com todas as outras informações transgeracionais familiares.
E você sabia que nossas células têm memória? Nela, na memória celular, ficam registrados todos os traumas, padrões negativos, restritivos e limitantes que nossos ancestrais tiveram, incluindo todas as suas memórias de dor, sofrimento, exclusões, perdas familiares e financeiras, e outros traumas profundos. Mas não foram somente as dificuldades transmitidas pelo DNA… As conquistas, superações e vitórias também, força motriz que nos permite seguir em ressonância a todos eles.
Toda a negatividade resultante de nossas escolhas, a partir de hoje, são transformadas em força para prosseguirmos sem os traumas do passado, além de tornar-se nosso maior aprendizado par escolhermos finalizar um ciclo doloroso. Assim, escolhemos também passar adiante aos nossos descendentes a boa força de vida que recebemos de nossos pais, avós, bisavós e todos os que vieram antes de nós.
Bert Hellinger, em seus estudos, observou a mente e o comportamento humano, e formulou a constelação familiar, uma técnica terapêutica breve, forte, intensa e transformadora. Através dela, aliada à terapia floral evolutiva e às técnicas que integrativas, é possível olhar para esse trauma com amor e respeito, e ser fiel a quem você está em seu sistema familiar que tomou para si esse peso.
Ao conviver com a tribo Zulu na África, Hellinger percebeu que há três leis que movem a constelação. E, se a respeitarmos, traremos ordem, paz e equilíbrio ao nosso sistema familiar. E, aplicando-as em nossas vidas, traremos ordem ao sistema envolvido e será mais leve nosso caminhar. São elas:
- pertencimento: todos têm direito a pertencer em nossa família e todos fazem parte;
- hierarquia: quem chega antes na nossa família ou empresa, tem prioridade;
- e equilíbrio de troca entre o dar e tomar.
Através de desemaranhar aquilo que estava emaranhado e de frases de solução, ou seja, frases de cura, nossa vida irá para frente e com força ancestral. E, no campo morfogenético onde Rudolf Sheldrake observou não ser possível visualizá-lo, mas senti-lo, acessamos inconscientemente as informações do campo da pessoa constelada.
Com representantes nas constelações em grupo, podendo também ser utilizado âncoras, bonecos, cristais e outros elementos tanto nas constelações grupais quanto individuais, temos os próprios representantes disponíveis para trazerem voz ao sistema do constelado. Eles farão o papel dos envolvidos na constelação representando o tema abordado, e o campo revelará o que precisa ser visto, honrado e reverenciado com respeito e humildade.
Em geral, o campo é definido pelo tema mais doloroso em sua vida, seja o seu maior trauma ou um conflito, e todos são convidados a olhar para isso com amor, sem julgamentos. Assim, o campo morfogenético revelará tudo o que estiver emaranhado, esquecido, abandonado, rejeitado, excluído, renegado e/ou oculto, e precisar ser visto e colocado em seu devido lugar. Afinal, uma das maiores dores humanas é a dor da exclusão, de não ser incluso nem ter o direito de pertencer. Portanto, em uma constelação familiar, todos são acolhidos.
Utilizando técnicas e ressignificando padrões, o cliente olha para sua vida eliminando a dor da alma a qual estava em ressonância, e trazendo tomada de consciência e estrutura para transformar o seu caminho.