O cérebro persistente

Por Marcelo Zalli

O cérebro humano possui uma capacidade fantástica dentre tantas e tantas que desenvolvemos ao longo de nossa evolução que é a capacidade de persistir.

Verdade seja dita, muitas pessoas possuem menor capacidade de manter o carro na estrada. O processamento de vias neurológicas límbicas e pré-frontais que permitem a continuidade, a busca por objetivos sem interromper o percurso nem alterar o caminho, seguindo sempre em frente apesar dos percalços, são o que garantem a característica de um cérebro persistente.

As emoções adquiridas e vivenciadas na infância contribuem para as características do cérebro e são cruciais para a evolução adaptativa: a persistência. Como lidamos com o resultado, seja positivo ou negativo? Quanto somos capazes de enxergar um futuro almejado, um cenário que nos possa interessar?

Estudos recentes mostram que o indivíduo que sonha mais e almeja resultados e conquistas é mais persistente e, por consequência, mais feliz. Um indivíduo persistente conquista mais, quem sonha e projeta menos tem menores chances de conquistar.

O lobo frontal, responsável pelo julgamento e planejamento, em associação com as áreas emocionais do lobo límbico, possuem circuitos neuronais que dão valor à causa. Liberam substâncias e neurotransmissores que reforçam a luta pela conquista e geram respostas menos negativas e apáticas a um resultado negativo transitório, reforçando a busca por continuidade.

A plasticidade neuronal é outra capacidade fantástica do cérebro modular respostas, novos circuitos e parâmetros. Isso significa que aprender a ser persistente motiva a conquistar objetivos.

Subir