Esclerose múltipla

Por Marcelo Zalli

Aos 22 anos, Nicole, uma moça de cabelos longos e de tom ruivo, recebeu um diagnóstico neurológico que mudou sua vida. A jovem universitária, ativa, sonhadora e com uma vida inteira pela frente, então ouviu de seu médico que possuía uma doença chamada esclerose múltipla. Ainda sem entender ao certo sua condição, assistiu ao filme de sua vida passar em sua mente, pensativa e preocupada com o futuro: encontrava dificuldade de deambular devido à fraqueza em nas pernas.

Conhecidos e familiares enviaram múltiplas mensagens lamentando e transmitindo forças, somadas à preocupação de possíveis sequelas. Pesquisando na internet sobre a doença, o desespero tomou conta de si, mostrando imagens e notícias de uma atriz que também possui a doença em grau mais agressivo e grave.

A esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune que atinge cerca de 2,3 milhões de pessoas ao redor do mundo, segundo a Federação Internacional de Esclerose Múltipla. A condição se manifesta em pacientes jovens e se caracteriza por alterações neurológicas amplas; dependendo da parte do cérebro que está acometida, pode apresentar perda de força, alterações na sensibilidade, acometimento de equilíbrio, perda visual e de movimento ocular, alterações na linguagem, dentre outros sintomas. As lesões cerebrais inflamatórias podem proporcionar sequelas com o avançar da doença, mas o tratamento neurológico, acompanhamento e exames periódicos podem promover a sua estabilidade.

Gradativamente, Nicole, já recuperada e estável após longas sessões de fisioterapia, superou o trauma deixado pela doença, desatando e vencendo os desafios da esclerose múltipla. Realizando o tratamento, atualmente auxilia pessoas que recebem diagnósticos semelhantes ao seu e contribui com melhorias clínicas emocionais dos acometidos que, ao verem a paciente estável, saudável e feliz, buscam forças para aceitar e vencer a adversidade.

Um exemplo de superação, ela representa uma dentre tantas outras pessoas que diariamente recebem um diagnóstico neurológico difícil de uma doença incurável, porém tratável. De fato, esse momento não é fácil, mas estudos realizados em diversos países comprovam que a positividade, resiliência e a aceitação da condição em que se encontra são essenciais para o bom andamento do tratamento, indicando maior êxito na estabilidade de suas condições. E, embora Nicole seja uma personagem fictícia, poderia representar qualquer um dos jovens que recebem o diagnóstico de esclerose múltipla em nosso país e no mundo, nos quais ainda terão o amanhã para vencer o trauma do recebimento da notícia e enfrentar sua condição.

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