Estética na odontologia, parte 3

Por Cintia Baek

Um sorriso agradável sofre influência da qualidade dos elementos dentários e dos tecidos de suporte, das relações entre dentes, maxilares e lábios durante o ato de sorrir e de sua integração harmônica na composição facial.

Um ramo da odontologia que vem crescendo muito, é a Harmonização Orofacial (HOF). Essa especialidade atua com o objetivo de equilibrar e harmonizar o sorriso com o restante do rosto em busca de equilíbrio, saúde e de melhorar a autoestima do paciente através de procedimentos que visam promover maior simetria do rosto, reduzindo os sinais de envelhecimento e valorizando pontos específicos. A HOF está normatizada pela Resolução CFO 198/2019, reconhecida e complementada pela Resolução CFO 230/2020

Para entender a necessidade da harmonização orofacial é preciso observar e vivenciar o momento atual da sociedade. Saúde, função, beleza, rejuvenescimento, harmonia e bem-estar, são pedidos que vão além do sorriso, e a odontologia é uma grande aliada, não apenas no restabelecimento da função e bem-estar, mas, principalmente, na busca por um sorriso em harmonia com uma face equilibrada o que é definida como beleza e jovialidade.

A beleza abre vantagem, do nascimento à vida adulta nas relações sociais, profissionais e afetivas. As modificações estéticas na região da face e a dificuldade de aceitar a autoimagem acabam influenciando negativamente na autoestima, ocasionando rejeições para a vida do sujeito, e agravando seu comportamento no aspecto biopsicossocial e seu engajamento como cidadão dentro de uma sociedade. Esse aspecto se dá principalmente pela sensação de impotência, inferioridade e a não aceitação de si próprio.

Por isso, a HOF tem a finalidade de devolver forma e função às estruturas bucais, harmonizando o sorriso e dando conforto emocional que o indivíduo procura. Cabe ao especialista observar todos esses aspectos e usar os métodos indicados e pertinentes à Odontologia, no sentido de ajudar a devolver a autoestima deste indivíduo.

Toxina botulínica, preenchedores faciais, intradermoterapia, laserterapia, lipoplastia facial, agregados leucoplaquetários autólogos, bioestimuladores de colágeno, liplifting e bichectomia são alguns dos procedimentos que o cirurgião-dentista pode fazer uso.

A toxina botulínica faz uma paralisação da contração muscular na região onde é aplicada, diminuindo a formação de rugas e linhas de expressão. Nos casos onde há a utilização de preenchedores faciais, intradermoterapia, agregados leucoplaquetários autólogos e bioestimuladores de colágeno, as substâncias são injetadas na região afetada com a finalidade de melhorar o tecido, corrigir defeitos e melhorar o contorno facial.

A laserterapia é usada na bioestimulação celular, com características anti-inflamatórias, analgésicas e em lesões do aparelho estomatognático. E a bichectomia, cirurgia onde há a remoção da bola de Bichat, e lipoplastia facial, atuam no afinamento do terço médio do rosto, possibilitando acentuar os ângulos do ramo da mandíbula e os contornos faciais.

REFERÊNCIAS:

ALVES REZENDE, M. C. R.; FAJARDO, R. S. Abordagem estética na odontologia. Arch Health Invest, v. 5, n. 1, p. 50-55, 2016. ISSN 2317-3009. Disponível em: http://dx.doi.org/10.21270/archi.v5i1.1298. Acesso em: 25 fev. 2025.

CRUZ, G. S.; BREDA, P. L. de C. L. Os impactos da harmonização orofacial na odontologia: necessidade x vaidade. Brazilian Journal of Health Review, ISSN 2595-6825. DOI: 10.34119/bjhrv4n6-234. Acesso em: 25 fev. 2025.

REVISTA FAIPE. Harmonização orofacial. Reviva, v. 13, n. 2, jul./dez. 2023. ISSN 2179-9660. Disponível em: https://revistas.uceff.edu.br/reviva/article/view/333. Acesso em: 25 fev. 2025.

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